Espia o balaio da semana: experimentalismo na sessão especial Bienal na Cidade, clássicos brasileiros na sessão especial do acervo do MIS e o legendário Sherlock Holmes tomam as telas da Casa do Lago (Unicamp). Grátis!


Sessões às 16h e às19h:
 
6/12 (seg)- Bienal na Cidade:
 
As Seções de um Momento Feliz de Argel (The Algiers Sections of a Happy Moment, David Claerbout, Bélgica, 2008, HD, PB, 37'12'')
A experiência do tempo é um elemento estrutural na obra de Claerbout, veiculada por meio da associação sistemática da imagem instantânea da fotografia com a construção, em vídeo, de narrativas lentas, inertes e sugestivas. The Algiers' Sections of a Happy Moment apresenta um grupo de jovens alimentando as gaivotas que voam sobre a cobertura de um edifício argelino. É uma animação em que cada fotograma revela diferentes enquadramentos e detalhes, múltiplos pontos de vista de um mesmo instante congelado. Na obra de Claerbout, os sentimentos e pensamentos intuídos comprovam-se apenas na imaginação do espectador, potencializando a emergência de novas histórias e temporalidades. Sunrise documenta o trabalho silencioso e concentrado de uma mulher que, chegando de bicicleta a uma luxuosa casa modernista ainda de madrugada, limpa e arruma os cômodos sem acender luz alguma, enquanto seus patrões dormem. Quando termina seu trabalho e parte pedalando por uma bucólica estrada, despertam os primeiros raios de sol e ouve-se Vocalise, de Rachmaninov, preenchendo o escuro e o silêncio que até então dominavam a narrativa.

Tornado
(Francis Alÿs, México, 2000/2010, HD-cor, 55')
Em 1986 Francis Alÿs viajou a trabalho à Cidade do México, onde terminou permanecendo na condição de estrangeiro e desocupado por imposição burocrática. As andanças por essa metrópole e o olhar atento a uma sociedade de regras e padrões desconhecidos criaram as condições para o início da sua atividade artística. O seu trabalho utiliza fotografia, vídeo, escultura, pintura e performance como interações e articulações de seu imaginário com o cotidiano e os eventos da cidade e arredores. Assumindo múltiplos papéis, Alÿs promove e documenta novas fábulas, mitos, boatos e anedotas, como alguém que pesquisa um espaço ao mesmo tempo que o inventa. Em Tornado, Alÿs insere-se, como um desafio, em tempestades de areia e tornados sazonais, que ocorrem no deserto mexicano, investindo numa tarefa aparentemente inútil, desgastante e perigosa. Apresentado em grande projeção e em sala escura, o vídeo combina tomadas curtas, realizadas pelo próprio Francis Alÿs no momento do seu confronto com o tornado, com cenas longas, em que aparece filmado à distância. Não há imagens claras dos momentos em que o artista atinge o interior do tornado nem a conotação de que aquela pequena conquista o satisfaça definitivamente.
 
Tarantismo (Tarantism, Joachim Koester, Dinamarca, 2007, 16mm-pb, 6'30'') 
Joachim Koester trabalha com a expressividade, a representação e a autoconsciência em filmes e fotografias que lidam com traços de ideias e de atividades do passado com reverberação no presente. Tarantism é um filme mudo e em loop, no qual um grupo de pessoas aparece dançando em movimentos descoordenados e de aparência espasmódica e convulsiva. A tarantela, dança cuja tradição remonta à Grécia Antiga e que é hoje, entre outras formulações folclóricas, uma música e uma dança altamente estilizadas e ritmadas para casais, carrega na sua origem um potencial terapêutico. Segundo um mito italiano apropriado por Koester, a picada de tarântula está associada a sintomas como a náusea, o delírio e a excitação, apenas exorcizáveis por meio da execução compulsiva desta dança. Koester filma um grupo de dançarinos em que cada participante desenvolve, individual e coletivamente, um sem-número de movimentos rápidos, aleatórios, isentos de regras coreográficas, como uma experimentação livre e libertária do próprio corpo. A obra desvia o debate acerca da identidade para o campo vivencial e para a necessidade da reinvenção performática do presente. 

 
7/12 (ter)- Fernão Dias (Alfredo Roberto Alves, Brasil, 1957, PB, 98')
A saga do famoso bandeirante Fernão Dias Paes em sua última expedição: 'bandeira das esmeraldas'. A pedido do rei de Portugal, Fernão Dias parte da Vila de Piratininga (SP) em 1674, rumo a Minas Gerais, em busca de ouro, prata e, principalmente, esmeraldas. Segue acompanhado de grande comitiva de aventureiros, incluindo seu genro Manuel Borba Gato e dos filhos Garcia e José Dias Paes. A expedição dura sete anos, enfrentando várias dificuldades, culminando com o enforcamento de José Dias, sob as ordens do próprio pai. José Dias comandava uma conspiração contra Fernão, para que a bandeira fosse desfeita. O líder, seriamente doente, finalmente encontra as pedras verdes, morrendo sem saber que suas esmeraldas eram, na verdade, turmalinas.
 
 
 
 
8/12 (qua)- Sós e Abandonados (Fernando Gardel Filho, Brasil, 1953, PB, 81')
Maria é uma mulher pobre e doente, que luta para criar os três filhos pequenos. Quando a mãe é hospitalizada, o garoto deixa seu irmão e sua irmã aos cuidados de vizinhos e fica no hospital, onde é hostilizado pelos funcionários, o filme conta a história de uma família desmantelada pelo destino.
 
 
 
 
9/12 (qui) - Sherlock Holmes - A Arma Secreta  (Roy William Neill, EUA, 1943, PB, 66')
Cientista inventa uma bomba que pode ajudar aos aliados. Mas a invenção cai nas mãos da Gestapo, e Holmes é chamado. Uma velha história que os fãs do famoso detetive, apesar de um clichê, irão adorar. Produção que não perdeu o charme. Boa trama, com atuação perfeita de Basil Rathbone, como Holmes. O filme é da época em que todos os grandes heróis do cinema, da literatura e dos gibis foram chamados para ajudá-lo na guerra. No livro original de Conan Doyle, a trama acontece no final do século XIX. 
 
 
10/12 (sex) -Sherlock Holmes - Melodia Fatal (Roy William Neil, EUA, 1946, PB, 72')
O lendário Sherlock Holmes deve usar seu apurado ouvido para música para ajudar na resolução deste caso. Três caixas de música contêm um segredo e um grupo de criminosos está disposto a matar por elas. Quando um amigo do Dr. Watson é a primeira vítima, Holmes entra no caso. Esta é a última interpretação de Basil Rathbone como o personagem, e certamente uma das melhores. O incrível processo de colorização digital aplicado neste filme deu nova vida a um dos detetives mais famosos do cinema. Este DVD ainda inclui a versão original em preto-e-branco, tão bem restaurada quanto a versão digitalmente colorizada. Esta é a versão definitiva de Sherlock Holmes - Melodia Fatal para sua coleção.
(Sinopses no site Casa do Lago)


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