Dirigido por Harun Farocki e Andrei Ujica, o documentário reúne uma série de imagens prontas das câmeras de vídeo que registraram a Revolução da Romênia em 1989, das televisivas, às amadoras. 

Os diretores remontam o acontecimento de forma que as câmeras evidenciam-se como protagonistas, tanto que são elas a ocupar os créditos finais. Parece que não estão preocupados em contar a história dos cinco dias em que se deu a deposição do ditador até seu fuzilamento, nem seus antes, nem seus depois, mas a história das câmeras que acompanharam e anunciaram tal fato histórico, do poder da mídia e da imagem como, inclusive, arma de guerra.

Para uma sexta-feira a noite, e um filme como esse, totalmente fora dos circuitos, havia um público interessante e interessado! Dá-lhe cineclube! As sessões acontecem geralmente às sextas-feiras, 19h e aos sábados, às 16h e às vezes às 19h30. De graça e com debates enriquecedores mediados pelo Orestes. Acompanhe nossa agenda!

Pra quem se interessou, um outro filme dele, Fogo que não se Apaga, foi comentado aqui.  E já que a universidade é pública, vale dar uma espiada na disciplina de Sociologia na Unicamp , ministrada por Laymert Garcia às quintas pela manhã, em que os filmes do Farocki são também protagonistas, junto a outros grandes cineastas.