Ultimamente não tenho ido aos espetáculos infantis, mais por falta de companhia do que outra coisa. Sem meu moleque por perto eu perco um pouco a desculpa de curtir as peças. :-) Além disso, os outros pais que conheço não se interessam tanto em levar seus filhos. Assim é que por esses dois motivos eu não posso deixar de falar sobre o que rolou nesse fim de semana.
Sabadão à tarde no SESC teve "Herlói, o Herói", da Cia. Cuidado que Mancha de Porto Alegre. Em busca de um antídoto para salvar sua namorada Mariana, o tal herói enfrenta o Maestro, também apaixonado pela misteriosa garota. A Narradora conta e interfere na história, fazendo com que a imaginação entre e saia da ficção. Meio nonsense? Talvez, só sei que o diálogo foi direto com os pequenos, situações absurdas totalmente com sentido. E engraçadas, lógico!
Domingo de manhã, meio acordando, vamos pegar o "Segredo de Luiza", realização da Cia. Berro d´Água e Cia. Odelê, lá na CPFL. Uma menina em casa sozinha, o pai só faz hora-extra, melhor chamar o amigo imaginário Fubaku e revirar a realidade e a imaginação. Mais nonsense? Não sei se uso a palavra corretamente (sem sentido, absurdo, ininteligível...?), quero com isso dizer que o real está aí como é e como queremos que seja, e as crianças certamente entendem e se divertem com isso. As situações vão se colocando e nada é impossível que aconteça.
Bom, será que os outros pais entenderam da mesma forma que eu? Eu sempre quis fazer uma classificação dos pais que vão no teatro infantil (típica-ideal mesmo, coisa de sociólogo, deixa pra lá...). E desse vez me irritou o pai-narrador: sabe aquele cara que não pára de falar e vai explicando a peça pro menino? Que não deixa a criança curtir a peça? Do absurdo, multitude de ideias, passamos pro sentido único...
Ajudou o SESC que colocou a peça no teatro de arena. As crianças desgrudam dos pais, se juntam e descobrem por elas mesmas o que se passa.
Deixe sua opinião aí e vamos conversando...
Levei os meus dois filhos para a peça do Sesc - Herlói, foi uma das primeiras peças no SESC que achei fraca juntamente com meus filhos, o som estava alto demais e ficamos esperando quando iamos rir ou que o enredo desenrola-se. Pra quem ja viu Ésio, a família Burg, Teatro Cia de Bonecos entre outros...ficou muito a desejar.
Oi, SZZ!
Também já assisti todos que falou e discordo que exista essa diferença. Porém concordo que a parte técnica do teatro de arena não seja boa. A proximidade com a rua mata o som (apesar de que na última peça da mostra do Eduardo Okamoto o som dos carros serviu de pano de fundo para o espetáculo). Agora, mensagem no alto-falante durante a peça foi sacanagem com os atores! Atenção aí, SESC!
Obrigado pelo comentário!