MIS – CAMPINAS E ARTE MÚLTIPLA APRESENTAM:
I ENCONTRO INTERNACIONAL DE CINEMA
ALEXANDER KLUGE E SEU PROJETO NOTÍCIAS DA ANTIGUIDADE IDEOLÓGICA
Marx na tela: alemão retoma sonho de Eisenstein e filma O Capital
Notícias de Antiguidades Ideológicas: Marx, Eisenstein, O Capital.
Inscrições no Museu da Imagem e do Som de Campinas -Telefone (19) 37338800 até o dia 29/11/11
Dia: 29/11/11 (terça-feira) 15 horas – Entrevista com o diretor ALEXANDER KLUGE diretamente da Alemanha.
Projeção do Filme (Partes I,II, III): dia 29 à 01 das 19h às 22h
Dia: 02/12/11 - Debate
GRÁTIS!
Sinopse
Alexander Kluge (foto Wikipedia) |
Filmado em plena crise econômica de 2008, é o projeto mais radical de renovação do cinema, levado a cabo por um diretor associado à criação do Novo Cinema Alemão, nos anos 1960. Kluge é também um dos mais respeitados literatos de seu país, aponto de ter em seu filme depoimentos de colegas como o poeta e ensaísta HansMagnus Enzensberger, o filósofo Peter Sloterdijk e o cineasta franco-suíço Jean-Luc Godard, modelo assumido de Kluge, conhecido principalmente por seu filme Artistas na Cúpula do Circo: Perplexos (1967). O Filme em versão integral é uma adaptação dos conceitos contidos no livro O Capital, de Marx, apartir das anotações do cineasta russo Serguei
Eisenstein. Vivemos numa sociedade de espetáculo — e filmar O Capital exige coragem e determinação para ir contra essa tendência e reconstruir a arte cinematográfica de autores como Eisenstein, Murnau, Lang e Bergman. Ao desenterrar o projeto do filme do russo, Kluge tinha em
mente unir a filosofia de Kant, Adorno e Habermas — naturalmente atento às inovações sintáticas da literatura de Joyce e à montagem por associações do cinema de Eisenstein. O olho selvagem da câmera penetra na realidade do processo de produção,enquanto o narrador conta a história dos objetos e demonstra como queria Marx,que uma mercadoria não tem nada de trivial.
DIA 29 NOVEMBRO
15 horas - Entrevista com o diretor ALEXANDER KLUGE
Transmitida via internet e projetada no telão do MIS-CAMPINAS.
19 horas - Apresentação do filme: NOTÍCIAS DA ANTIGUIDADE IDEOLÓGICA
(Nachrichten aus der ideologischen Antike: Marx – Eisenstein – ‘Das Kapital’)
Alemanha, 2008, cor e p & b, 492 min., legendado, em três partes:
Parte 1: Marx e Eisenstein na mesma casa (Marx und Eisenstein im gleichen Haus, Alemanha, 2008, cor e p & b, 189 min.)
Sinopse: O que Eisenstein queria filmar? Trata-se de suas anotações sobre a “cinematização” de O Capital. Como soam no ano de 2008 textos que Karl Marx escrevera há quase 150 anos? Trata-se de uma aproximação pelo ouvido. Onde se situa a fronteira entre Antiguidade e Modernidade quando se trata de ideologia? 1929? 1872? Antes? Como o dinheiro caso pudesse pensar, se explicaria? O capital pode dizer “eu”? Dietmar Dath sobre o conteúdo central do famoso livro de Marx. Sophie Rois sobre dinheiro, amor e Medéia.
DIA 30 Novembro
19 horas - Parte II: Todas as coisas são homens enfeitiçados.
(Alle Dinge sind verzauberte Menschen, Alemanha, 2008, cor e p & b, 120 min.) Sinopse: O que significa “fetiche da mercadoria”? Quais feitiços – segundo Marx e Eisenstein – são causados pelo poder suave e tempestuoso do capital? Por que os homens não são os senhores da produção por eles criada? O que significa “união de produtores livres”? As revoluções fracassam por escassez de tempo ou por princípio? O que significa: “todas as coisas são homens enfeitiçados”? Com um filme de Tom Tykwer sobre a riqueza dos detalhes numa imagem de filme, quando nos interessamos pelo processo de produção das coisas que há para ver.
DIA 01 DEZEMBRO
19 HORAS - PARTEIII: PARADOXOS DA SOCIEDADE DE TROCA
(Alemanha, 2008, cor e p & b, 183 min).
Sinopse: Nós vivemos na segunda natureza. Marx trata disso. Essa “natureza social”, tal como a biológica pesquisada por Darwin, conhece uma evolução (e Marx gostaria de ter se tornado o primo de Darwin para a economia e a sociedade). Porém, nessa “mudança social”, a maior parte das coisas se comporta de modo diferente do que na natureza original: Cachorros não trocam ossos. Homens que vivem numa sociedade moderna obedecem ao princípio da troca. Como se lê em O Capital? O que significa valor de troca? Será que Marx deveria ter escrito outros livros, por exemplo, sobre a economia política do valor de uso, a economia política da revolução ou a economia política da força de trabalho?
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