Tony Tornado, aos seus 81 anos, ícone da televisão brasileira e músico de funk soul brazuca, se apresenta com sua banda no Sesc Campinas no próximo domingo (20/11), às 19h. Grátis! Anote na agenda!
Foto: Jorge Rosenberg/Portal IG |
"Em toda a sua carreira, Tony Tornado lançou apenas dois álbuns, sendo que o último deles saiu há quase 40 anos. Ao ver o cantor na Virada Cultural paulistana, esse afastamento parece inexplicável. Voz potente, porte altivo, um carisma tal que sua simples presença já deixava o público em polvorosa. E, ainda por cima, dançando como se tivesse pelo menos vinte anos a menos que os 81 que de fato tem.
O encerramento precoce de sua carreira musical é uma das tragédias da música brasileira. Tornado tornou-se um astro em 1970, quando a música "BR3", defendida por ele, conquistou o Festival Internacional da Canção. Logo em seguida, ele lançou dois álbuns, em 1971 e 1972, em que ajudou a moldar o que se tornaria o funk nacional. Ao lado de Tim Maia e Cassiano, ele era a cara da nova música negra brasileira.
O problema é que o funk de Tornado não se resumia a batidas dançantes. Tinha um componente forte de denúncia do racismo no Brasil, e isso fez com que a ditadura militar o obrigasse a deixar o país. Com isso, sua carreira de cantor foi interrompida - nos anos seguintes, seu sucesso como ator se encarregou de enterrá-la de vez."
No Festival da Canção, em 1970:
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