O Serra disse que se inspirou em Paris para trazer a Virada Cultural para São Paulo - 24hs de shows por todos os cantos da metrópole. É o bicho - 4 milhões prestigiram (nós do CultCPS também) só na região central de Sampa.
Depois de dois anos incluindo a Virada em seu reportório cultural, Campinas não participar á da "Virada Cultural" do interior. Patrocinado pelo estado, com colaboração das prefeituras, é o maior e mais intenso evento cultural em SP. Nós, que tanto tentamos cavocar os cantos da cidade para descobrir as coisas boas que acontecem por aqui, sofremos quando a secretaria de cultura da cidade diz:
"A assessoria de imprensa da secretaria municipal negou não haver interesse, mas alegou que “há muitos eventos culturais e esse não dá para fazer”." (EPTV)
Campinas tem o que fazer? Tem. A gente sabe. A gente procura. Mas dá trabalho, e normalmente são iniciativas de grupos persistentes e bem intencionados. Só conseguimos trazer famosos e atos de peso (ou de alto custo) com o patrocinio de instituições (SESC/CPFL). A prefeitura não pode justificar sua abstenção de um evento que começa a marcar o calendário de todos os cidadãos do estado de São Paulo por causa de questões orçamentárias (que seriam partilhadas com o estado). Pena - ainda bem que a gente sabe cavocar.
Pessoas, não posso deixar de postar aqui o meu descontentamento em relação a não participação de Campinas nessa Virada Cultural.
Quando fiquei sabendo da notícia, imediatamente escrevi para o "Correio do Leitor" do Jornal Correio Popular, em forma de protesto, ou sei lá, desabafo.
Eis que o e-mail foi publicado na edição de 07 de maio de 2009. Segue para conhecimento:
Indignada! Assim me senti após ler a matéria “Sem Virada em Campinas”, publicada no Caderno C desta terça-feira (05/05). Como uma cidade do porte de Campinas, usa como justificativa a crise econômica, a falta de tempo hábil e a carência de renome dos convidados, para não participar do evento? O investimento que seria empregado pela Prefeitura, em vista do retorno comercial e turístico que um evento dessa importância traz, com certeza cobriria algumas despesas, já que a maior parte do custo é de responsabilidade do Estado. A Virada Cultural não só tem como objetivo promover festa/ celebração gratuita, mas também, fomentar o espírito coletivo e o convívio entre as pessoas, além de proporcionar um pouco mais de cultura aos que não tem acesso. Mesmo levando em consideração a positividade do Sr. Arthur Achilles, Secretário de Cultura, de que a crise não irá continuar no próximo semestre, não acredito que a cidade promova um evento cultural desse nível, com custos bancados somente pela Prefeitura. Ainda, será necessário um conjunto de parceiros e patrocinadores plausíveis, para que a “Virada Campineira” ocorra com a mesma essência. Vamos aguardar!
Ah, ainda estou em dúvida se irei à Indaiatuba, Santa Bárbara d'Oeste ou Jundiaí. A programação está repleta de boas atrações.
PS: Como faço para entrar em contato com o "Cultura Campinas"? Divulguem um e-mail, please... Abraços.
Moreloca, vejo a ausência da Virada na cidade como um ponto negativo para aqueles que entendem o acesso à cultura de qualidade como algo público e gratuito. Tá certo que as programações da CPFL e do SESC são fantásticas, nada a reclamar, mas com essa besteira da prefeitura o que fica na cabeça de todos é que o que é bom tem que vir da iniciativa privada... é hora da caravana pras cidades da região no próximo fds!!!