Terminado o (quase) festival, restaram boas lembranças. E esse "quase" não significa que foi ruim, mas que precisa crescer, como já falamos um pouco aqui. A estrutura ainda é muito precária, a montagem do palco no galpão peca principalmente pela acústica e isolamento (acompanhei praticamente todo o campeonato de futebol que acontecia no mesmo horário). A arquibancada sem cadeiras também não ajudava, depois de meia-hora já ficava incômodo. No mais, todos os horários foram cumpridos e havia ingressos disponíveis antes do início de cada apresentação.
Minhas impressões sobre as peças foram ótimas, apesar de que não entendo nada de teatro. Começando com “Brasil Menino”, da Cia Berro D´Água (Campinas, SP). Apoiada pelo FICC, estreou com uma história bem brasileira, simples, atores à vontade. "Batata!", do Grupo Dimenti (Salvador, BA), trouxe temáticas de Nelson Rodrigues. Ótimas atuações, personagens bem construídos, os rodeios da vida desmascarados pelo discurso direto... seria para mim a melhor apresentação se no dia seguinte não acontecesse “A Margem”, da Cia. do Gesto (Rio de Janeiro, RJ). Sem texto, somente ruídos, dois moradores de rua exploram o mundo que os marginaliza. Vídeo, sombra, clown, bonecos, o ambiente é recriado para que o humano sobreviva em condições desumanas. Cheguei ao fim do espetáculo tão esgotado quanto os atores, o riso preso e nervoso, como dizia o panfleto. Nas duas últimas peças, meu espanhol não colaborou. “Tercer Cuerpo” da Cia Timbre 4 (Argentina) mostrou as relações pessoais entre 5 personagens, em espaços e tempos sobrepostos. Solidão e amor bem expressivos da atualidade. Já a “Crónica de José Agarrotado (menudo hijo de puta)”, de Los Corderos S.C. (Espanha), apostou no teatro físico, muito intenso, onde a relação entre o personagem e seu alter-ego alterna-se entre compreensão e violência num constante conflito.
Minhas impressões sobre as peças foram ótimas, apesar de que não entendo nada de teatro. Começando com “Brasil Menino”, da Cia Berro D´Água (Campinas, SP). Apoiada pelo FICC, estreou com uma história bem brasileira, simples, atores à vontade. "Batata!", do Grupo Dimenti (Salvador, BA), trouxe temáticas de Nelson Rodrigues. Ótimas atuações, personagens bem construídos, os rodeios da vida desmascarados pelo discurso direto... seria para mim a melhor apresentação se no dia seguinte não acontecesse “A Margem”, da Cia. do Gesto (Rio de Janeiro, RJ). Sem texto, somente ruídos, dois moradores de rua exploram o mundo que os marginaliza. Vídeo, sombra, clown, bonecos, o ambiente é recriado para que o humano sobreviva em condições desumanas. Cheguei ao fim do espetáculo tão esgotado quanto os atores, o riso preso e nervoso, como dizia o panfleto. Nas duas últimas peças, meu espanhol não colaborou. “Tercer Cuerpo” da Cia Timbre 4 (Argentina) mostrou as relações pessoais entre 5 personagens, em espaços e tempos sobrepostos. Solidão e amor bem expressivos da atualidade. Já a “Crónica de José Agarrotado (menudo hijo de puta)”, de Los Corderos S.C. (Espanha), apostou no teatro físico, muito intenso, onde a relação entre o personagem e seu alter-ego alterna-se entre compreensão e violência num constante conflito.
Foto: A margem
Olá pessoas!
Assisti “Tercer Cuerpo” e, apesar da peça abordar temas como amor e solidão, achei bem engraçada. O que ficou um pouco a desejar foi a tradução no fundo, que, em cenas com diálogos mais dinâmicos, ficava um pouco atrasada. No geral, foi bom! Abraços.