Mais do módulo sobre política, na Invenção do Contemporâneo:
"O futuro da política" com Marco Aurélio Nogueira
"Em sociedades atravessadas por desigualdades profundas, contagiadas pela mudança acelerada e pela democratização dos relacionamentos, nas quais são muitas as diferenciações e as demandas, a luta por justiça, direitos e dignidade amplia-se e busca novas formas de expressão. De que modo essa luta insere-se no quadro da democracia representativa e interage com seus protagonistas? As velhas formas, instituições e certezas da política são desafiadas e postas à prova, mas tudo, ao mesmo tempo, se repõe e se recria. O futuro parece hoje suspenso no ar, tragado pela diluição das esperanças e das utopias, pela reiteração incessante das desigualdades e dos poderes que ferem mesmo quando não são eficientes. Como projetá-lo e organizá-lo? Sem vontade política, sem educação política e sem medidas vigorosas de reforma social, a movimentação prospectiva será improdutiva. Temos de acumular uma bagagem teórica, intelectual e ético-política que explicite um movimento de superação, para que de fato possamos armar uma saída contra o sistema que não seja pura rebeldia. Não é mais suficiente reivindicar o direito de espernear sem ter condições de pôr em curso processos efetivos de contestação".
Marco Aurélio Nogueira é professor titular de teoria política da UNESP – Universidade Estadual Paulista. Com pós-doutorado na Universidade de Roma, foi diretor da Escola de Governo e Administração Pública da Fundap – Fundação do Desenvolvimento Administrativo. É tradutor de obras de Norberto Bobbio e Antonio Gramsci, articulista do jornal O Estado de S. Paulo e autor de numerosos ensaios e livros, entre os quais Em defesa da política (Editora Senac, 2001), Um Estado para a sociedade civil (Cortez, 2004) e Potência, limites e seduções do poder (Unesp, 2008).
Dia 25 de agosto às 19h
Programação gratuita e por ordem de chegada a partir das 18h.
"Em sociedades atravessadas por desigualdades profundas, contagiadas pela mudança acelerada e pela democratização dos relacionamentos, nas quais são muitas as diferenciações e as demandas, a luta por justiça, direitos e dignidade amplia-se e busca novas formas de expressão. De que modo essa luta insere-se no quadro da democracia representativa e interage com seus protagonistas? As velhas formas, instituições e certezas da política são desafiadas e postas à prova, mas tudo, ao mesmo tempo, se repõe e se recria. O futuro parece hoje suspenso no ar, tragado pela diluição das esperanças e das utopias, pela reiteração incessante das desigualdades e dos poderes que ferem mesmo quando não são eficientes. Como projetá-lo e organizá-lo? Sem vontade política, sem educação política e sem medidas vigorosas de reforma social, a movimentação prospectiva será improdutiva. Temos de acumular uma bagagem teórica, intelectual e ético-política que explicite um movimento de superação, para que de fato possamos armar uma saída contra o sistema que não seja pura rebeldia. Não é mais suficiente reivindicar o direito de espernear sem ter condições de pôr em curso processos efetivos de contestação".
Marco Aurélio Nogueira é professor titular de teoria política da UNESP – Universidade Estadual Paulista. Com pós-doutorado na Universidade de Roma, foi diretor da Escola de Governo e Administração Pública da Fundap – Fundação do Desenvolvimento Administrativo. É tradutor de obras de Norberto Bobbio e Antonio Gramsci, articulista do jornal O Estado de S. Paulo e autor de numerosos ensaios e livros, entre os quais Em defesa da política (Editora Senac, 2001), Um Estado para a sociedade civil (Cortez, 2004) e Potência, limites e seduções do poder (Unesp, 2008).
Dia 25 de agosto às 19h
Programação gratuita e por ordem de chegada a partir das 18h.
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