A Centopéia e o Maquinista
ferrovia
o coração verde
da centopéia
não palpita
trilhos
caminha
sem dar ouvidos
aos gritos do trem
(Marco Aurélio Cremasco)
Confesso que nunca me enveredei pelos caminhos poéticos. Quando se é adolescente, ou se tem um clique mágico que desperta, ou se resigna a gramática literária escolar, que nunca apeteceu. Poemas floreados, vaidosos, aportuguesados cheio de inversões, densos e que invocam dramalhões tão inatingíveis, que até entender as primeiras composições, já se perdeu o instante afetivo. Eis que um dia me fui apresentada a Manuel Bandeira. Como alguém pode falar de amor com um porquinho da índia? Me pegou de jeito. E do melhor jeito. Desmontou toda armadura. Desconcertou. Simples, singelo e significativo.
Isso pra dizer que ainda não mergulhei nos caminhos poéticos, mas que vez ou outra algo me pega de jeito e provoca um sorriso de canto de boca espontâneo. E o autor da epígrafe-anzol é o convidado da Roda de Leitura do Sesc deste mês. Aqui tem mais iscas.
Batendo um papo com rodistas convictos, Alê Toresan, João Antônio e Marco Bueno, soube que Cremasco, invés de levar textos de outros autores pra leitura, bota-os em carne e osso no meio da roda. Nesta quarta, o convidado é Eustáquio Gomes (que estará no debate “Cronistas do cotidiano – quando a vida se transforma em literatura”, junto a Rubem Alves, na Saraiva dia 29, vide aqui).
As rodas - ou missas - acontecem 19h30, toda bendita quarta-feira, no Sesc e sem dízimos.
Foto: Alê Toresan, valeu!
Isso pra dizer que ainda não mergulhei nos caminhos poéticos, mas que vez ou outra algo me pega de jeito e provoca um sorriso de canto de boca espontâneo. E o autor da epígrafe-anzol é o convidado da Roda de Leitura do Sesc deste mês. Aqui tem mais iscas.
Batendo um papo com rodistas convictos, Alê Toresan, João Antônio e Marco Bueno, soube que Cremasco, invés de levar textos de outros autores pra leitura, bota-os em carne e osso no meio da roda. Nesta quarta, o convidado é Eustáquio Gomes (que estará no debate “Cronistas do cotidiano – quando a vida se transforma em literatura”, junto a Rubem Alves, na Saraiva dia 29, vide aqui).
As rodas - ou missas - acontecem 19h30, toda bendita quarta-feira, no Sesc e sem dízimos.
Foto: Alê Toresan, valeu!
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