O Espaço CPFL entra pouco a pouco na dramaturgia teatral. Bom para nós, que teremos um módulo voltado para as artes cênicas, com a presença de ótimas apresentações! Veja a temática do módulo e confira nos próximos posts a programação. A curadoria é de Renato Ferracini.
Dias 7, 14, 21 e 28 de outubro
Dias 4, 18 e 25 de novembro
Dia 2 de dezembro
Sempre às 20h, e grátis!
"O teatro está em crise. Mas não é nem de longe uma crise somente financeira, ideológica ou formal. A cena está em crise porque a própria linguagem teatral quer potencializar-se e autocriticar-se. Essa crise de linguagem nos projeta diretamente para uma enorme turbulência da própria representação enquanto conceito e enquanto encenação; e imerso nesse fluxo-movimento turbulento o teatro se autodefine em suas próprias bases. Há muito a dramaturgia se descentraliza: a criação cênica não mais se pauta somente na dramaturgia textual. O textocentrismo é criticado. A dramaturgia explode em multiplicidade: no contemporâneo falamos em dramaturgia do corpo, dramaturgia da luz, dramaturgia do som, dramaturgia do espaço, dramaturgia do tempo. Cada uma dessas diferenças expressivas cênicas comporta uma independência de criação com suas potencias de sentido (ou não sentido) que se enlaçam numa textura-cena que podemos chamar de espetáculo.
O corpo-em-arte não mais representa uma personagem; não mais simplesmente traduz um texto ou busca significados de ação dramática. Não mais busca a ilusão, mas se apresenta em potência presente. Ele se desloca do significado ou da tradução e grita uma certa materialidade que se agencia em sua própria superfície de textura, ou seja, a cena e o corpo-em-arte não mais a serviço da representação mas como potencias deles mesmos. A cena hoje busca dessemantizar o sentido na busca de gerar sentidos outros e ser uma espécie de agente provocador – juntamente com o corpo-em-arte presente e potente - liberto do sentido dado a priori, de um jogo montado a priori, de uma personagem construída a priori. As macropercepções formais de representação dão lugar – ou buscam dar – às formas de forças de potencia virtual que geram um território de micropercepções que afeta e cria sensações poéticas outras. Falamos aqui de um teatro de micropolíticas que buscam explodir e fissurar as percepções e sensações de um território do senso-comum.
Essa mostra busca trazer ao público essa discussão não de forma teórica ou conceitual, mas através e por meio da própria linguagem teatral. Uma discussão da crise cênica realizada na e pela própria cena. Traz espetáculos e encenações que discutem essa crise na própria poética de encenação (lugar por excelência do pensamento estético teatral), seja pelo riso, pela ironia, pela potência do corpo presente ou pela desconstrução e reconstruções de textos que questionam a si mesmos.
Além da discussão cênica na cena, teremos também duas mesas com especialistas e artistas pensadores do teatro contemporâneo no Brasil. Essas duas mesas-discussões-diálogos buscarão não refletir SOBRE a cena atual, mas, principalmente, gerar pontos de tensão e diferenças COM o teatro e suas questões. Serão dois debates crises: no primeiro a pergunta base: “Construir ou desconstruir a cena?” será um foco de luz. Em outro dia teremos algumas palavras emblemáticas nas discussões atuais: “Dramático - Pós-Dramatico / Ficção – Materialidade” construindo os trilhos do diálogo.
Aproveite! Antropofagie! E bom apetite!"
Dias 7, 14, 21 e 28 de outubro
Dias 4, 18 e 25 de novembro
Dia 2 de dezembro
Sempre às 20h, e grátis!
"O teatro está em crise. Mas não é nem de longe uma crise somente financeira, ideológica ou formal. A cena está em crise porque a própria linguagem teatral quer potencializar-se e autocriticar-se. Essa crise de linguagem nos projeta diretamente para uma enorme turbulência da própria representação enquanto conceito e enquanto encenação; e imerso nesse fluxo-movimento turbulento o teatro se autodefine em suas próprias bases. Há muito a dramaturgia se descentraliza: a criação cênica não mais se pauta somente na dramaturgia textual. O textocentrismo é criticado. A dramaturgia explode em multiplicidade: no contemporâneo falamos em dramaturgia do corpo, dramaturgia da luz, dramaturgia do som, dramaturgia do espaço, dramaturgia do tempo. Cada uma dessas diferenças expressivas cênicas comporta uma independência de criação com suas potencias de sentido (ou não sentido) que se enlaçam numa textura-cena que podemos chamar de espetáculo.
O corpo-em-arte não mais representa uma personagem; não mais simplesmente traduz um texto ou busca significados de ação dramática. Não mais busca a ilusão, mas se apresenta em potência presente. Ele se desloca do significado ou da tradução e grita uma certa materialidade que se agencia em sua própria superfície de textura, ou seja, a cena e o corpo-em-arte não mais a serviço da representação mas como potencias deles mesmos. A cena hoje busca dessemantizar o sentido na busca de gerar sentidos outros e ser uma espécie de agente provocador – juntamente com o corpo-em-arte presente e potente - liberto do sentido dado a priori, de um jogo montado a priori, de uma personagem construída a priori. As macropercepções formais de representação dão lugar – ou buscam dar – às formas de forças de potencia virtual que geram um território de micropercepções que afeta e cria sensações poéticas outras. Falamos aqui de um teatro de micropolíticas que buscam explodir e fissurar as percepções e sensações de um território do senso-comum.
Essa mostra busca trazer ao público essa discussão não de forma teórica ou conceitual, mas através e por meio da própria linguagem teatral. Uma discussão da crise cênica realizada na e pela própria cena. Traz espetáculos e encenações que discutem essa crise na própria poética de encenação (lugar por excelência do pensamento estético teatral), seja pelo riso, pela ironia, pela potência do corpo presente ou pela desconstrução e reconstruções de textos que questionam a si mesmos.
Além da discussão cênica na cena, teremos também duas mesas com especialistas e artistas pensadores do teatro contemporâneo no Brasil. Essas duas mesas-discussões-diálogos buscarão não refletir SOBRE a cena atual, mas, principalmente, gerar pontos de tensão e diferenças COM o teatro e suas questões. Serão dois debates crises: no primeiro a pergunta base: “Construir ou desconstruir a cena?” será um foco de luz. Em outro dia teremos algumas palavras emblemáticas nas discussões atuais: “Dramático - Pós-Dramatico / Ficção – Materialidade” construindo os trilhos do diálogo.
Aproveite! Antropofagie! E bom apetite!"
Que beleza!
Beleza nada, a senhora tem aula e não vai faltar não!