Mais no IMDB
A nova animação da Disney, dirigida por Ron Clements e John Musker, é um prato cheio pra quem gosta do bom e velho 2D. Um conto de fadas às avessas que se passa em New Orleans, por entre um sopro de jazz e outro. Dizem que é um marco: a primeira protagonista negra na história da produtora. Isso, contudo, não significa ausência de preconceitos, clichês ou imagens esteriotipadas. Longe disso.
Chamo a atenção pra algo que me embasbacou. Como os contos de fadas costumam ser, assim como Avatar, algumas religiões e Star Wars, há o lado bom e mal da força. Por coincidência, um dia antes escutei e li o seguinte: "A desgraça de lá está sendo uma boa pra gente aqui, fica conhecido (...) Acho que de, tanto mexer com macumba, não sei o que é aquilo... O africano em si tem maldição. Todo lugar que tem africano lá tá f...". Disse o cônsul do Haiti no Brasil, se referindo aos haitianos e ao terremoto.
Na tela, logo me deparo com o vilão da história: um cara representando a magia e o vodu, acompanhado de toda uma liturgia demoníaca fantástica e sombria.
Entre a declaração citada e a referência do filme, a diferença é que a primeira causa espanto e repugnância, enquanto o filme encanta e envolve. Assim, com a elegância dos contos de fadas, perpetua e compartilha o imaginário preconceituoso de gente como o senhor mencionado. É preciso ter um pé atrás com o dito infantil, que nada tem de ingênuo e cativa.
A nova animação da Disney, dirigida por Ron Clements e John Musker, é um prato cheio pra quem gosta do bom e velho 2D. Um conto de fadas às avessas que se passa em New Orleans, por entre um sopro de jazz e outro. Dizem que é um marco: a primeira protagonista negra na história da produtora. Isso, contudo, não significa ausência de preconceitos, clichês ou imagens esteriotipadas. Longe disso.
Chamo a atenção pra algo que me embasbacou. Como os contos de fadas costumam ser, assim como Avatar, algumas religiões e Star Wars, há o lado bom e mal da força. Por coincidência, um dia antes escutei e li o seguinte: "A desgraça de lá está sendo uma boa pra gente aqui, fica conhecido (...) Acho que de, tanto mexer com macumba, não sei o que é aquilo... O africano em si tem maldição. Todo lugar que tem africano lá tá f...". Disse o cônsul do Haiti no Brasil, se referindo aos haitianos e ao terremoto.
Na tela, logo me deparo com o vilão da história: um cara representando a magia e o vodu, acompanhado de toda uma liturgia demoníaca fantástica e sombria.
Entre a declaração citada e a referência do filme, a diferença é que a primeira causa espanto e repugnância, enquanto o filme encanta e envolve. Assim, com a elegância dos contos de fadas, perpetua e compartilha o imaginário preconceituoso de gente como o senhor mencionado. É preciso ter um pé atrás com o dito infantil, que nada tem de ingênuo e cativa.
Thá, muito boa sua análise, parabéns! Não é só ver o filme, mas também discuti-lo com as crianças...
Ainda não assisti o filme, mas adorei a análise!
A tragédia e sua repercussão só vem pra iluminar o preconceito latente dentro do filme! E não foi dessa vez que a disney traz novos elementos para suas historinhas (o que provavelmente ela nem pretenda fazer).
Não consegui ver o filme. Foi passado para as crianças de um clube e a grande maioria levantou e nao terminou de ver. Isso porque nao há muita ação. O filme é meio lento e as músicas nao empolgam. Além disso as piadinhas não sao arrebatadoras. As crianças levantaram e foram comer pipoca. Algumas crianças, porém, fixaram seus olhinhos da telinha, mas dava pra perceber um certo olhar de suspense e medo. São muitas sombras demoníacas e a feiticeira, bruxa, macumbeira ou sei lá o que, que aparece no filme é enfadonha e tenta ser engraçada. Realmente não gostei do filme até o meio. Isso, até o meio, pq não aguentei ver até o final. rsrs Tudo isso porém é a minha percepção, que pode não ter sido tão boa. O filme parece um misto de shrek (sem a graça) com cinderela (só a parte da borralheira). Muita propaganda se fez em volta de uma princesa negra que não existia nos clássicos disney. Mas era não é uma garçonete? Deve ser porque não vi o filme até o final...
Obrigada Anônimo pelos comentários! Sempre bom ouvir outras percepções que nos levam a pensar em outros aspectos!
Quanto ao filme, pois é, a primeira negra protagonista, garçonete, humilde e batalhadora. Mas que no fim vira princesa, o que o título anuncia e portanto posso contar sem medo de estragar o final!
Mas cá entre nós, a Disney não foi tão inovadora. Depois do primeiro protagonista negro na história presidencial dos EUA, já era de se esperar!