Não pude deixar de postar um pouco mais sobre este filme (veja aqui minha crítica anterior), depois de assistir essa montagem de Randy Szuch no VIMEO: autor e obra deixam bem claro que a base fundamental na qual se sustenta o filme Avatar é a relação culturalmente distinta e politicamente assimétrica entre o eu (o conhecido) e o outro (o incógnito). Muito mais essencial do que me foi sugerido por várias pessoas, que apontaram como centrais algumas tramas secundárias, como por exemplo, a imbricação homem-natureza, a crítica ao sistema de saúde norte-americano e outros. Da forma como foram contadas, e veja que a animação Pocahontas é baseada em fatos históricos, as histórias tomam como discurso "verdadeiro" a valorização do herói estrangeiro, que no nosso caso é o conhecido, transformando-o no herói conhecido, no nosso caso o incógnito. Herói de todos portanto, e somente herói porquê o mundo está organizado de acordo com nosso imaginário, no qual os povos "primitivos" precisam ser "salvos" apesar de todas as suas qualidades.
foto: a Navi e o Soldado, versão terráquea. Detalhe para a árvore que fala, mesmo sem a ligação capilar.
Preciso ver!