(Pintura de Luisa Finatti)
No Centro de Convivência de Campinas acontece a exposição "De tempos em tempos", até dia 28 de fevereiro:
"A mostra coletiva reunirá obras dos participantes das oficinas de artes plásticas, que acontecem nos centros de convivência do Cândido Ferreira, além de obras do acervo da instituição, realizadas pelos artistas/usuários desde 1993.
Aproximadamente 70 obras serão levadas ao público, que variam entre esculturas e quadros com técnica de acrílico sobre tela, nos tamanhos de 15x15cm a 1metro e 10cm x 1m. O objetivo é dar a oportunidade do público conhecer e contemplar as obras, que movimentam o interior criativo de seus autores, com cores, traços, linhas e figuras. Além disso, os quadros estarão à venda com preços acessíveis. (...)
O Serviço de Saúde "Dr. Cândido Ferreira", localizado em Sousas, Campinas/SP, a 93 km da capital, é referência no tratamento em saúde mental no Brasil desde 1993, pela Organização Mundial da Saúde (OMS). O principal objetivo do Cândido Ferreira é a participação social dos usuários e o respeito ao direito à convivência dos diferentes."
Mais informações: Régis Moreira e Carla Barreira, na Assessoria de Comunicação, nos telefones 3758-8615 e 7802-3487.
Endereço: Centro de Convivência Cultural de Campinas – Bloco B, Praça
- Imprensa Fluminense, s/n, Cambuí, Campinas/SP.
Vale ressaltar que, além dos ateliês de arte, há diversas outras atividades desenvolvidas pelos usuários em parcerias diversas. Para conhecer uma delas, ligue o rádio na primeira quarta-feira do mês, às 10h da manhã ou às 22h, na Educativa FM (101,9), e ouça o ótimo e irreverente programa Maluco Beleza , que vai ao ar desde 2002. (Alguns podem ser ouvidos pela net)
Já no Armazem das Oficinas , localizado na Rua Coronel Quirino, 172 (3251-9677), encontra-se diversos produtos artesanais desenvolvidos nas oficinas de trabalho e geração de renda.
Há também o Jornal Candura, que pode ser baixado no site, para se atualizar das últimas do Cândido.
Todos esse projetos estão ligados a política antimanicomial e a reforma psiquiátrica no Brasil, que têm o intuito de integrar as pessoas diagnósticadas como "portadoras de deficiências mentais" invés de isolá-las nos tão temidos manicômios. O movimento veio com força na década de 80 e merece menção o trabalho iniciado por Nise da Silveira (1906-1999), no Rio de Janeiro. Já que o assunto é artistas- loucos (e quais não os são), vale uma clicada para conhecer melhor o trabalho e a exposição virtual.
A dica também é fazer uma pipoquinha e assistar a trilogia de Leon Hirzsman , Imagens do Inconsciente (1986), que percorre a vida de Fernando Diniz, Adelina Gomes e Carlos Pertuis, baseado nas pesquisas de Nise. (Aliás, se alguém interessou e tem dificuldades em encontrá-los, eu tenho. É só entrar em contato que dou um jeito de fazer uma cópia.)
Voltando às bandas campineiras, merece visita o pintor, fotógrafo e artesão Antonio Roseno de Lima, que viveu parte de sua vida na favela das Três Marias. Pintou o bêbado da imagem ao lado.
A última dica (ufa!), é o recente Estamira (2004), de Marcos Prado. Retrata a vivência e história de alguém diagnosticado louco que não só não é artista, mas está ainda mais distante do que é aceito socialmente como normal. Estamira, a personagem principal, é catadora de um lixão. Triplamente lança as telas o que a sociedade busca excluir/ocultar/esconder: a desigualdade social, o lixo que produz, a não normalidade.
"Tudo que é imaginário tem, existe, é.”
Estamira
"A mostra coletiva reunirá obras dos participantes das oficinas de artes plásticas, que acontecem nos centros de convivência do Cândido Ferreira, além de obras do acervo da instituição, realizadas pelos artistas/usuários desde 1993.
Aproximadamente 70 obras serão levadas ao público, que variam entre esculturas e quadros com técnica de acrílico sobre tela, nos tamanhos de 15x15cm a 1metro e 10cm x 1m. O objetivo é dar a oportunidade do público conhecer e contemplar as obras, que movimentam o interior criativo de seus autores, com cores, traços, linhas e figuras. Além disso, os quadros estarão à venda com preços acessíveis. (...)
O Serviço de Saúde "Dr. Cândido Ferreira", localizado em Sousas, Campinas/SP, a 93 km da capital, é referência no tratamento em saúde mental no Brasil desde 1993, pela Organização Mundial da Saúde (OMS). O principal objetivo do Cândido Ferreira é a participação social dos usuários e o respeito ao direito à convivência dos diferentes."
Mais informações: Régis Moreira e Carla Barreira, na Assessoria de Comunicação, nos telefones 3758-8615 e 7802-3487.
Endereço: Centro de Convivência Cultural de Campinas – Bloco B, Praça
- Imprensa Fluminense, s/n, Cambuí, Campinas/SP.
Vale ressaltar que, além dos ateliês de arte, há diversas outras atividades desenvolvidas pelos usuários em parcerias diversas. Para conhecer uma delas, ligue o rádio na primeira quarta-feira do mês, às 10h da manhã ou às 22h, na Educativa FM (101,9), e ouça o ótimo e irreverente programa Maluco Beleza , que vai ao ar desde 2002. (Alguns podem ser ouvidos pela net)
Já no Armazem das Oficinas , localizado na Rua Coronel Quirino, 172 (3251-9677), encontra-se diversos produtos artesanais desenvolvidos nas oficinas de trabalho e geração de renda.
Há também o Jornal Candura, que pode ser baixado no site, para se atualizar das últimas do Cândido.
Todos esse projetos estão ligados a política antimanicomial e a reforma psiquiátrica no Brasil, que têm o intuito de integrar as pessoas diagnósticadas como "portadoras de deficiências mentais" invés de isolá-las nos tão temidos manicômios. O movimento veio com força na década de 80 e merece menção o trabalho iniciado por Nise da Silveira (1906-1999), no Rio de Janeiro. Já que o assunto é artistas- loucos (e quais não os são), vale uma clicada para conhecer melhor o trabalho e a exposição virtual.
A dica também é fazer uma pipoquinha e assistar a trilogia de Leon Hirzsman , Imagens do Inconsciente (1986), que percorre a vida de Fernando Diniz, Adelina Gomes e Carlos Pertuis, baseado nas pesquisas de Nise. (Aliás, se alguém interessou e tem dificuldades em encontrá-los, eu tenho. É só entrar em contato que dou um jeito de fazer uma cópia.)
Voltando às bandas campineiras, merece visita o pintor, fotógrafo e artesão Antonio Roseno de Lima, que viveu parte de sua vida na favela das Três Marias. Pintou o bêbado da imagem ao lado.
A última dica (ufa!), é o recente Estamira (2004), de Marcos Prado. Retrata a vivência e história de alguém diagnosticado louco que não só não é artista, mas está ainda mais distante do que é aceito socialmente como normal. Estamira, a personagem principal, é catadora de um lixão. Triplamente lança as telas o que a sociedade busca excluir/ocultar/esconder: a desigualdade social, o lixo que produz, a não normalidade.
"Tudo que é imaginário tem, existe, é.”
Estamira
thaiza....quero a cópia da trilogia Imagens do Inconsciente....pode ser? bjoss
Opa! Pode sim, vou ver se tenho umas mídias aqui, aí te gravo! Beijos!
thaiza, gostaria de saber como poderia ter uma copia da trilogia.... muito obrigado
Oi Felipe!
No momento estou vivendo longe de Campinas, mas retorno em Agosto, aí com maior prazer posso gravar e passar pra você. Me mande seu e-mail pra eu ter seu contato, sim?
Abraço,
Thaiza