Das inúmeras negativas que Campinas enfrenta por falta de uma política cultural efetiva e descaso do poder público, nascem oportunidades e criatividades. Pra não cair em filosofia de auto-ajuda, exemplifico: O MIS, o Coletivo Ajuntaê e a auto-gestão participativa, colaborativa e afetuosa.
O Coletivo Ajuntaê se juntou com o Circuito Fora do Eixo, que, embasados na economia solidária e redes coletivas, fomentam a circulação de música, artes e pessoas pelo território nacional. Quer entender melhor? Se jogue no site Fora do Eixo.
Desde março o pessoal vem organizando as Noites Fora do Eixo no Bar do Zé, trazendo bandas de outros cantos do Brasil baronil pra tocar e trocar figurinhas com o pessoal daqui. A última rolou na primeira sexta desse mês, com Os Relpis e The Snobs. (Mais aqui!). Atrasei e cheguei pra segunda banda, bem entrosada mandando um som autoral, do bom! (Fotos)
A chuva tentou que tentou desanimar o povo, mas ainda sim as aproximadamente 150 pessoas presentes não se arrependeram de sair do ninho para chacoalhar o esqueleto: primeiramente com os acordes deliciosamente desaforados da tropicália moderna d’Os Relpis, depois ao som das baladas engajadas do The Snobs. A combinação já prevista para uma possível tour FDE regional não podia ter dado mais certo. Aprovação das bandas, dos ajuntados e principalmente do respeitável público, que não deixou de comparecer à banquinha do Ajuntaê e levar pra casa os CDs, adesivos e otras cositas más sempre á disposição.
O Coletivo Ajuntaê se juntou com o Circuito Fora do Eixo, que, embasados na economia solidária e redes coletivas, fomentam a circulação de música, artes e pessoas pelo território nacional. Quer entender melhor? Se jogue no site Fora do Eixo.
Desde março o pessoal vem organizando as Noites Fora do Eixo no Bar do Zé, trazendo bandas de outros cantos do Brasil baronil pra tocar e trocar figurinhas com o pessoal daqui. A última rolou na primeira sexta desse mês, com Os Relpis e The Snobs. (Mais aqui!). Atrasei e cheguei pra segunda banda, bem entrosada mandando um som autoral, do bom! (Fotos)
A chuva tentou que tentou desanimar o povo, mas ainda sim as aproximadamente 150 pessoas presentes não se arrependeram de sair do ninho para chacoalhar o esqueleto: primeiramente com os acordes deliciosamente desaforados da tropicália moderna d’Os Relpis, depois ao som das baladas engajadas do The Snobs. A combinação já prevista para uma possível tour FDE regional não podia ter dado mais certo. Aprovação das bandas, dos ajuntados e principalmente do respeitável público, que não deixou de comparecer à banquinha do Ajuntaê e levar pra casa os CDs, adesivos e otras cositas más sempre á disposição.
Na pré Mostra Curta Audiovisual, o Ajuntaê, junto com o pessoal da AAMISC e a Casa de Cultura e Política Hermínio Sacchetta, trouxeram a banda argentina Falsos Conejos (que está na turnê Fora do Eixo, e passa por dez Estados brasileiros) e a campineira Electric Mamas Loves. Cheguei atrasada, pois estava no cineclube do MIS a acabei que não vi os hermanos, mas ainda a tempo de ver a banda da casa tocar Marque Moon inteira! (emoção)
Ainda na Mostra Curta, organizaram o Domingo-feira lá no Palácio e uma bela mesa:
Consolidando o caráter mutante e itinerante do Domingo-Feira, na edição realizada no MIS (por ocasião do Mostra Curtas Audiovisual) o que balançou mesmo foram as mentes e corações de todos os presentes”. Infelizmente, não pudemos passar os filme carinhosamente selecionados devido á indisponibilidade de horário, porém as mostras já programadas, a banquinha e a exposição de Phillipe Bacana e a mesa de discussão nos renderam boas horas no palácio do MIS.
Para a então pseudo-mesa-roda de discussão sob o abrangente título “Produção Audiovisual Independente” não foi fácil achar um foco, mas a explanação inicial de Rafa e Dudu (Massa Coletiva), traçando um panorama do Fora do Eixo e em seguida do Clube de Cinema e a importantíssima ferramenta DF5, nos iluminou novamente com as idéias e esperança de que o trabalho colaborativo é possível e capaz de potencializar nossas ações locais. Nessa deixa, Celia Harumi (Valvulado e Cineclube Taturana) e Zazá Vega (Café In Sonia Filmes/Documentário AutoRock) puderam compartilhar conosco e com os presentes suas experiências e angústias em relação á atual cena local, dando um pontapé gostoso e instigando o Ajuntaê a cada vez mais a investir força de trabalho nessas parcerias tão potencialmente frutíferas.
Não por acaso, caímos na tão discutida questão da dedicação exclusiva: se um trabalho medíocre não nos dá prazer como pessoas, porque não fazer das coisas que nos dão prazer, nos completam, nos impelem a crescer, nosso trabalho, fonte de renda e de sustentação?
(Mais no site Ajuntaê)
Vale a pena conferir o acervo da distribuidora DF5, em plataforma livre para intercâmbio de produtos audiovisuais e incentivo aos circuitos cineclubistas e mostras alternativas. Puxo sardinha pro curta Assassino do Bem, que passou na Mostra.
Pra finalizar, o legal disso tudo é saber que têm pessoas que compartilham de valores, engajamentos e afetos comuns e que estão se conectando, abrindo mares e tocando o barco. Enquanto umas andorinhas só pensam em Carnaval, Arraial e Natal e chamam isso de política cultural, outras de fato se juntam pra fazer verão, primavera, outono, inverno e... verão!
Acompanho o trabalho do coletivo Ajuntaê e tenho que dizer que realmente estou muito feliz pelo crescimento deles e, o mais importante, de sua filosofia sobre fazer arte. Ah, e a mostra de curtas foi imperdível mesmo, adorei!