Agda, espetáculo adaptado do conto da escritora Hilda Hilst e realizado pelos grupos Matula Teatro e Boa Companhia, traz à cena uma mulher em sua busca por respostas para questões fundamentais da existência humana: a finitude da vida e a aparente incompatibilidade entre os desejos do corpo e do espírito, entre o sagrado e o profano. Para isso serve-se de elementos de teatro e dança, suspendendo-se entre a prosa e a poesia, em um delicado jogo de construção e desconstrução de imagens e personagens realizado pelas atrizes. 

Quem foi Hilda Hilst? Escritora brasileira, nasceu em Jaú e viveu em Campinas durante boa parte de sua vida, desde 1965 até seu falecimento em 2004, na chácara Casa do Sol, que hoje sedia o Instituto Hilda Hilst e o Centro de Estudos Casa do Sol. Hilda Hilst já mergulhou na poesia, ficção, teatro e durante os anos de 92 à 95, publicou crônicas semanais, e ácidas, diga-se de passagem, no  jornal Correio Popular.

Um trechinho de uma delas, do livro Cascos & Carícias & Outras Crônicas: 

"É inadmissível  que até mesmo pessoas tidas como inteligentes, cultas, ainda rotulam de 'comunistas,' 'de esquerda festiva' aqueles que ficam indignados diante da extrema miséria em que vivem quarenta e dois milhões de brasileiros. Isso me deixa colérica. Quer dizer que não é pra se indignar? É pra deixar que poucos enrabem muitos, que 'é assim mesmo a vida', uns nasceram para ser enrabados e outros para enrabar?" (Hilda Hilst- 5/6/94)

Serviço:

AGDA, dia 28 de Outubro, às 20h - Sesi Amoreiras: Avenida das Amoreiras- Parque Itália- Campinas - Tel: 19-3772-4184