Feverestival - O Retorno

Postado por Carla segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010


Não é bem o retorno, mas vai rolar nesse fim de semana a Mostra Núcleo Feverestival, os que ficaram atrás da cortina mostrarão as caras ao público. São três peças, todas vão acontecer no Espaço Cultural Semente.
Não encontrei o preço, mas as peças do Feverestival eram $16 inteira e $8 estudante.

Brasil Menino (Cia. Berro d´Agua) - dia 26/02 (sexta) às 20h30
Peça já comentada pelo Tico em um post anterior, em suas palavras: "história bem brasileira, simples, atores à vontade".
Sejam bem vindos ao nosso “Brasil Menino”! Não reparem no aparente constrangimento dos moradores, um pouco envergonhados ante visita de tão longe. Daqui a uma hora, vocês já serão velhos conhecidos...
Mas reparem nesse Jorge. Pois esse curioso rapaz diz que tem “voz pra cantar”, mas não sabe se canta as músicas que aprendeu com os mais velhos nos terreiros e nas rodas, ou se canta as músicas que ouve no rádio agora, e que por tocarem no rádio e aparecerem tanto na TV só podem ser mesmo muito boas! Veja agora se não é uma situação peculiar, depois que a vila recebe a visita de uma francesa, ver as fantasias de Jorge sobre sucesso, viagens e fama chegarem a um limite insuportável, e ver toda a comunidade ao redor de Jorge mobilizada em torno da francesa, numa ansiosa e barulhenta disputa entre tradições do carnaval, expectativas de fama e o amor de uma esposa. Pois então: se já foi dito que nossas origens fazem parte da nossa originalidade, venha ver como esses brasileiros se re-inventam em meio a tanta tradição criativa, e tanta invenção contemporânea... Aproveite e beba um gole com essa gente que mistura no mesmo copo trabalho e prazer, riqueza e miséria, e que inventa a cada gesto, uma encenação, e a cada som, uma canção. E deixemos por fim que os personagens do 'Brasil Menino' escolham seus caminhos, na expectativa do carnaval e de uma espetacular viagem à França!

Ana-me (Teatro de Senhoritas) - 27/02 (sábado) às 20h30
Num apartamento entre a estação Liberdade e o Jardim Botânico, vivia Ana. Ana não era igual nem diferente de nenhuma mulher. Como todos em sua época, ela também nasceu com os olhos abertos e assim permaneceu. Casou-se com um marido exemplar, teve um filho exemplar. E, como todos em sua época, ela também tinha sonhos aprisionados, que apareciam às três horas da tarde para amedrontá-la. Assim, Ana seguiria sua vida, não fosse por um descuido (acidente?). Num piscar de olhos, Ana chegaria de um momento a outro, nova por alguns minutos, distinta, quase estranha. Envolta, pela primeira vez, pelo ar da rua. Coberta de olhares e ruídos que se separariam lentamente dela, até morrer no chão e tornar-se, outra vez, igual.
Livremente inspirado no conto “Amor” de Clarice Lispector, este espetáculo do Teatro de Senhoritas é um “solo feito a três”. Ele aborda questões relacionadas à vida cotidiana de forma bem humorada e poética. Ana é uma dona de casa que não fala por si só, mas sim através da sua relação com os objetos e com um rádio que a acompanha. Ana se encaixa em sua vida como um desses objetos, até ver um cego mascando chiclete- é só um cego mascando chiclete- e isso transforma sua percepção e a conduz para uma epifania. Se no início Ana é uma figura bidimensional, ela ganha profundidade na medida em que vê o cego. Nesse momento, seus olhos parados passam a enxergar e ela esboça uma possibilidade de transformação, e de encontrar um universo repleto de vida, perversidade, erotismo, tristezas, alegrias, ternura. Porém, ela precisa voltar para casa e preparar o jantar.

Jantarei vestígios hoje e, se me permite, convidarei Verônica! (GPTTAO) - 28/02 (domingo) às 20h30
GPTTAO - Grupo de Pesquisa Teatral Tao
Jantarei vestígios hoje e, se me permite, convidarei Verônica! possibilita uma história. Uma história a respeito de alguém em especial. Que todo dia realiza os mesmos rituais. Ou talvez sejam algumas pessoas. Parecidas entre si. Talvez um pouco estranhas. Pode ser qualquer um, com rituais comuns a qualquer outro. E sempre há alguém que olha em sua direção.
Ao ocuparmos um espaço, deixamos rastros que nos revelam diante de outros olhares. No cotidiano, somos percebidos através de detalhes sutis, algumas vezes revelados incidentalmente. Este espetáculo propõe a percepção poética das relações pessoais. Este é o material a ser teatralizado: presenças, ausências, rituais cotidianos, formas de nos revelarmos ao mundo.

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