por Tiago


Esta semana nós temos cinco estreias nos cinemas de Campinas.

No MIS, temos três filmes: Tempos modernos, de Chaplin, O nascimento de uma nação, de Griffith, e Breaking Brazilian bones in Europe. Os dois primeiros fazem parte do Ciclo O século do cinema, sob curadoria de Glauber Rocha.

No SESC, temos o filme Um céu de estrelas, que faz parte do projeto Mulheres de todos os gêneros, comentado aqui no blog pelo Tico.

Outro ciclo que já foi comentado aqui no blog pelo Tico é a retrospectiva de 2010 da CPFL. Essa semana estão em cartaz: Cabeça a prêmio, O escritor fantasma, Dzi Croquettes, Viajo porque preciso, volto porque te amo, 400 conta 1 e os documentários Pandemonium, Homem centenário, Espaço e movimento, Limite, Fome de quê? e Cidadão Boilesen.

Nesta sexta, a Casa do Lago na Unicamp, apresenta Persépolis, uma ótima animação que ganhou o grande prêmio do juri em Cannes em 2007. Na semana que vem, estarão em cartaz: Nenhum a menos, Osama, Três gerações, um destiono, Cem escovadas antes de dormir e Verônica.

Também na Unicamp, na quarta-feira dia 30, o Cineclube da Adunicamp apresenta Damm Yankees, como comentado aqui no blog pela Thaiza.

Todos esses filmes são grátis!

Uma outra estreia que merece destaque é a seguinte.


VIPs
VIPs, Brasil, 2010.
Gênero: Drama.
Duração: 98 minutos.
Diretor: Toniko Melo.

O filme é baseado no livro "Vips - Histórias Reais de Um Mentiroso", que conta a história de um trapaceiro. Marcelo (Wagner Moura) possui uma grande habilidade para aplicar golpes, sobretudo fazendo-se passar por outras pessoas. Os golpes e as tentativas de golpes são o cerne deste filme. Dentre outras, Marcelo entrou em camarotes exclusivos durante um carnaval em Recife, se apresentou como filho do dono da empresa aérea Gol, deu entrevista ao apresentador Amaury Jr. e circulou pelas altas rodas da sociedade.

A primeira vista, o filme parece uma regravação brasileira do filme Prenda-me se for capaz, de Steven Spilberg, com Leonardo DiCaprio e Tom Hanks. Mas essa "versão", além de ser diferente e baseada num livro brasileiro, não tem um elemento importante que é o antagonista (Tom Hanks) ao protagonista (Leonardo DiCaprio). Isso já mostra algumas diferenças.

Além disso, o filme é produzido pela produtora O2, a mesma que produziu (entre outros) Lixo extraordinário, À deriva, Ensaio sobre a cegueira e Cidade de Deus e liderada por Fernando Meireles, de quem o estreante diretor, Toniko Melo, é discipulo. O roteiro é assinado por Bráulio Mantovani, o mesmo roterista de Tropa de Elite, Cidade de Deus, Linha de Passe e Ônibus 174.

Durante o festival do Rio, o filme recebeu diversos prêmios e foi muito bem comentado. Vale a pena dar uma olhada, seja para ver se Wagner Moura consegue desencorporar o Capitão Nascimento, seja para comparar com Prenda-me se for capaz, seja para ver em que direção o cinema brasileiro está indo.




Site oficial

IMDb

Uma crítica e outra crítica.