Encontros literários no SESC: Adoráveis Suicidas

Postado por Thaiza terça-feira, 30 de agosto de 2011

Começa hoje (30/8), os encontros literários dedicados aos escritores que botaram o ponto final em suas vidas: Adoráveis Suicidas. São quatro encontros mediados por diferentes pessoas, os três primeiros dedicados a grandes escritores e o último é um debate sobre a relação da criação, expressão e sentido da vida.

Grátis! 

Segue detalhes da programação informada no site do Sesc Campinas (que fica pertinho da Rodoviária) :
Imagem: Leonard & Virginia por Fabio Chenepan
30/08 (ter) às 20h: Virgínia Woolf, por Cecília Prada

Virginia Woolf (Londres, 1882 – Lewes, 1941) tem entre as marcas mais fortes de sua narrativa o fluxo de consciência (do qual é considerada uma das criadoras). Escritora, ensaísta e editora, a autora participou do grupo Bloomsbury, que, no período entreguerras, reunia intelectuais que se posicionavam contra a tradição literária e política vigente até então. Entre suas publicações estão Mrs Dalloway (1925), Passeio ao Farol (1927) e Orlando (1928), bem como o livro-ensaio Um Quarto Só Para Si (1929). Em 28 de março de 1941, Virginia vestiu um casaco, encheu os bolsos de pedras e se atirou no Rio Ouse, morrendo afogada.

Cecília Prada é escritora e jornalista profissional desde 1951, tendo iniciado sua carreira aos 20 anos, no jornal A Gazeta, de São Paulo. Foi redatora e repórter, crítica teatral (membro da APCA, possui sete peças escritas), além de ter atuado como diplomata. Ficcionista e dramaturga, tem quatro prêmios literários (entre os quais o Prêmio ESSO de Jornalismo em 1980), sendo seus contos publicados em várias antologias do Brasil e do exterior.

Pra quem se interessa e ainda não viu, o filme As Horas faz uma bela leitura e releitura da vida e obra de Virginia Woolf. Dirigido por Stephen Daldry, conta com um elenco feminino de ponta: Nicole Kidman, Julianne Moore e Meryl Streep. Fica o trailer: 

   

31/08 (qua) às 20h: Ernest Hemingway, por Daniel Puglia

Ernest Hemingway (Oak Park, 1899 – Ketchum, 1961), iniciou sua carreira como jornalista aos 17 anos e ingressou voluntariamente no exército italiano para lutar na Primeira Guerra Mundial, onde se feriu gravemente. Após a recuperação, tornou-se correspondente de guerra e cobriu, entre outras, a Guerra Civil Espanhola, que inspirou um de seus mais conhecidos livros, Por Quem os Sinos Dobram. Autor de mais de vinte livros(entre os quais O Sol Também se Levanta, 1926, e Adeus às Armas, 1929), Hemingway recebeu o prêmio Nobel pela novela O Velho e o Mar, criado a partir de sua experiência como pescador nos anos em que viveu em Cuba. Aos 61 anos, o autor se suicidou com a mesma arma com que seu pai havia tirado a própria vida e que lhe foi enviada por sua mãe pelo correio. 
Imagem: When I lost myself por Fabio Chenepan

Daniel Puglia é graduado em Administração de Empresas (FEA-USP) e em Letras (FFLCH-USP), com mestrado em Psicologia Social (IP-USP) e doutorado em Estudos Linguísticos e Literários em Inglês (FFLCH-USP). É professor do Departamento de Letras Modernas da Universidade de São Paulo, onde tem por tema de pesquisa as relações entre literatura, cultura, história e filosofia.
   

01/09 (qui) às 20h: Ana Cristina Cesar, por Adriana Lunardi

Ana Cristina Cesar (Rio de Janeiro, 1952 - 1983) é considerada um dos expoentes da poesia marginal brasileira da década de 70. Sua obra parece se remeter tanto ao universo ficcional quanto autobiográfico. Além de escrever para diversos jornais e revistas, a autora publicou de forma independente Luvas e Pelica, Cenas de Abril e Correspondência Completa, assim como Literatura não é Documento, uma pesquisa sobre a literatura no cinema. Ana Cristina fez parte da antologia 26 poetas hoje, publicada em 1976, e deixou uma série de documentos, tais como cartas, poesia, diários, traduções, desenhos e testemunhos, que foram organizados e publicados em livros como Inéditos e
Dispersos e Correspondência incompleta (com noventa e três cartas, datadas de 1976 a 1980, enviadas a quatro amigas suas). A autora cometeu suicídio aos trinta e um anos, atirando-se da janela do apartamento de seus pais em Copacabana. 

Imagem: Rapsodia Hungara no3 por Fabio Chenepan
Adriana Lunardi é escritora e roteirista de TV. Entre suas publicações estão As meninas da Torre Helsinque (1996, livro de estreia que recebeu os prêmios Fumproarte e Troféu Açorianos 1997), Vésperas (2002), livro de contos indicado ao prêmio Jabuti, Corpo estranho(2006), seu primeiro romance e finalista do prêmio Zaffari/Bourbon. Adriana é formada em Comunicação Social e estudou Literatura. Nasceu em Xaxim (SC), morou em Santa Maria, Porto Alegre, Paris e São Paulo. Atualmente, vive no Rio de Janeiro.
   

02/09 (sex) às 20h: Arte, Criação e Morte
Regis de Morais, João Francisco Duarte Junior e Hélio Salles Gentil discutem a relação entre criação artística, expressão da subjetividade e construção de sentido para a vida.

Imagem: Ismália, por Fábio Chenepan

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